quinta-feira, 30 de abril de 2015
O MUNDO DA LITERATURA PERDE DOIS LENDÁRIOS ESCRITORES
Um 14 de Abril (terça) triste para a literatura tanto sul-americana, quanto europeia. Dois grandes nomes da história da cultura literária nos deixam e seus legados não serão esquecidos. O primeiro que nos deixou foi o escritor uruguaio Eduardo Galeano. Nascido em Montevidéu, na capital uruguaia, no dia 03 de Setembro de 1940, ele começou sua carreira muito jovem no jornalismo e nos mais variados gêneros como ensaios, poesias e narrativas. Nos anos 60, foi chefe de redação do semanário Marcha, e foi também diretor do jornal Época. Aos 14 anos, Galeano já vendeu suas primeiras charges políticas para grandes jornais do Uruguai como o El Sol, do Partido Socialista. Em 1973, Galeano foi preso durante um golpe militar no Uruguai e para fugir da cadeia, se exilou na Argentina, onde ele escreveu um livro chamado Crisis. Mas, a vida nova dela no país vizinho virou num novo inferno. A Argentina também sofreu um golpe militar em 1976, e sua vida estava em risco na época. O nome de Galeano estava na lista de ''marcados para morrer'' pelos Esquadrões da Morte, que executavam opositores do regime argentino. Para não ser morto, Galeano fugiu para a Espanha onde viveu uma nova vida. Em 1985, o lendário escritor voltou para sua terra natal (Montevidéu), quando ocorreu a redemocratização uruguaia. Dos 50 livros escritos, quase todos traduzidos no Brasil, a obra mais marcante da carreira foi o livro ''As Veias Abertas da América Latina''. Nesse livro, Galeano denunciou a opressão e a amargura do continente. O livro foi traduzido por dezenas de línguas do mundo inteiro. Apaixonado por futebol, Galeano publicou dois livros. Em 1968, escreveu a obra ''Sua Majestade, o Futebol'' e em 1995, publicou o livro ''O Futebol Ao Sol e À Sombra'' que foi editado no Brasil. Eduardo Galeano morreu aos 74 anos, devido a complicações de um Câncer no Pulmão. Galeano deixou um dos legados mais importantes na literatura não só uruguaia, como também a literatura sul-americana. Outro escritor que nos deixou foi o alemão (polonês) Gunter Grass. Nascido na cidade de Danzig, na Polônia, no dia 16 de Outubro de 1927, Gunter foi convocado para servir as forças armadas da Alemanha Nazista aos 17 anos. Ferido na guerra de 1945, foi preso em Marienbad, antiga Checoslováquia, e hoje República Tcheca. Em 1946, foi libertado. Em 1956, se mudou para Paris (França) onde dedicou sua vida a literatura. No mesmo ano (1956) escreveu seu primeiro livro de romance crítico social chamado ''O Tambor''. Foi com esse livro traduzido para mais de 24 idiomas, que Gunter Grass ganhou o prêmio Nobel de literatura e o papel informal da consciência da Alemanha. O Tambor conta sobre a ascensão nazista e a reação de um menino que se recusa a crescer. Gunter Grass morreu aos 87 anos, mas deixou um grande legado na história da cultura alemã. Ele sempre remexeu o passado, denunciando o nazismo em entrevistas e em livros. Um grande intelectual da história da literatura mundial. A Morte não deixou que esses dois homens continuassem vivendo para contar suas histórias e escreverem mais livros para que o mundo inteiro leia e viaje. Mesmo assim, esses dois homens levaram ao redor do planeta uma viagem cultural ao incrível mundo de romances, dramas e fortes emoções. Que esses dois escrevam lindas histórias no Céu de nosso Deus. VALEU EDUARDO GALEANO! ADEUS GUNTER GRASS! QUE DESCANSEM EM PAZ!
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